domingo, 8 de junho de 2008

Madrugada



Madrugada me olha.

Vê em meus olhos um amor perdido,
a minha face de bandido
e um corpo amadurecido

Vê o verde, que na lembrança chora
e o azul, que na esperança, aflora

Apesar do olhar,
só quero seu corpo suave afagar,
e neste momento,....... te amar

É o meu alento....
É o meu tormento.

Assim, meu corpo amadurecido,
de amor consumido, ferido,
renasce triunfante
mesmo que seja só por um instante

Madrugada me toca.

Sente o meu corpo amigo.

Sabe que me provoca,
me abraça e caminha comigo.

Apesar do tocar,
só quero sua pele macia acariciar
e neste momento........ te amar

É o meu alento......
É o meu tormento.

Assim, a minha face de bandido
cortada pela flecha do cupido,
vira face de menino

Ah! madrugada!

Neste momento escurecido
acaricio sua brisa encantada
provoco sua sêde imaculada.

Neste momento indefinido
afago sua alma molhada
beijo sua boca calada.

Encontro o amor perdido,
e da luz do dia,.... me desligo
até o sol brilhar na alvorada
e apagar seu brilho, querida madrugada
(Humberto Neto)

Nenhum comentário: