sábado, 26 de julho de 2008

Eu sei que vou te amar ...


"Eu sei que vou te amar
Por toda a minha vida
Eu vou te amar
A cada despedida
Eu vou te amar
Desesperadamente
Eu sei que vou te amar..

E cada verso meu será
Prá te dizer
Que eu sei que vou te amar
Por toda a minha vida...

Eu sei que vou chorar
A cada ausência tua eu vou chorar
Mas cada volta tua há de apagar
O que essa tua ausência me causou...

Eu sei que vou sofrer
A eterna desventura de viver
À espera de viver ao lado teu
Por toda a minha vida...

Eu sei que vou te amar
Por toda a minha vida
Eu vou te amar
A cada despedida
Eu vou te amar
Desesperadamente
Eu sei que vou te amar...

E cada verso meu será
Prá te dizer
Que eu sei que vou te amar
Por toda a minha vida...

Eu sei que vou chorar
A cada ausência tua eu vou chorar
Mas cada volta tua há de apagar
O que essa tua ausência me causou...

Eu sei que vou sofrer
A eterna desventura de viver
À espera de viver ao lado teu
Por toda a minha vida..."
(Vinícius de Morais/Tom Jobim)

terça-feira, 22 de julho de 2008

O que me importa

O que me importa
Seu carinho agora
Se é muito tarde
Para amar você...
O que me importa
Se você me adora
Se já não há razão
Prá lhe querer...
O que me importa
Ver você sofrer assim
Se quando eu lhe quis
Você nem mesmo soube darAmor!...
O que me importa
Ver você chorando
Se tantas vezes
Eu chorei também...
O que me importa
Sua voz chamando
Se prá você jamais
Eu fui alguém...
O que me importa
Essa tristeza em seu olhar
Se o meu olhar tem mais
Tristezas prá chorar
Que o seu!...
O que me importa
Ver você tão triste
Se triste fui
E você nem ligou...
O que me importa
Seu carinho agora
Se para mim
A vida terminou
Terminou!
(Marisa Monte)

Saudades de Taiguara ...

Taiguara (Viagem)


Oi, Duduca, meu irmão
Como é que tá esse sol?
Ai, que frio e que saudade
Do feijão e da terrinha
Tô fazendo por aqui
Um choro pra você
Tem a cara de papai
Tô queimando Danny Hills,
Mas já não posso mais
Com o tal do ticken’ pie
Hoje amei e viajei
Por dentro de uma flor
Foi uma indiana linda
Parecida com Nininha
Ai, que falta você faz,
Mas deixa, Deus me traz
De novo pra apertar
O pianinho da paz
E aí, depois das gerais
Vamos fazer muito jazz...
(Cartinha pro Leblon - Taiguara)

Saudade de Marisa ...


Abro a janela e a camisa
E dou meu peito pra brisa
Clareia o olhar numa pomba
E brilha um branco de espera
De saudade de Marisa
E uma música soa
São notas, pombas que voam
Trazendo o som e correio
E eu te ouço, e eu te leio...
São portas, cartas abertas...
São notícias de você...
(Taiguara)

domingo, 20 de julho de 2008

Assim sou eu ...


“Eu nunca fui bem- comportada.
Pudera, nunca tive vocação pra alegria tímida, pra paixão sem orgasmos múltiplos ou pro amor mal resolvido sem soluços.
Eu quero da vida o que ela tem de cru e de bela. Não estou aqui pra que gostem de mim. Estou aqui pra aprender a gostar de cada detalhe que tenho.
E pra seduzir somente o que me acrescenta.
Adoro a poesia e gosto de descascá-la até a fratura exposta da palavra.
A palavra é meu inferno e minha paz.
Sou dramática, intensa, transitória, e tenho uma alegria em mim que me deixa exausta.
Eu sei sorrir com os olhos e gargalhar com o corpo todo.
Sei chorar toda encolhida abraçando as pernas.
Por isso, não me venha com meios-termos, com mais ou menos ou qualquer coisa.
Venha a mim com corpo, alma, vísceras, tripas e falta de ar...
Eu acredito é em suspiros, mãos massageando o peito ofegante de saudades intermináveis, em alegrias explosivas, em olhares faiscantes, em sorrisos com os olhos, em abraços que trazem pra vida da gente.
Acredito em coisas sinceramente compartilhadas.
Em gente que fala tocando no outro, de alguma forma, no toque mesmo, na voz ou no conteúdo.
Eu acredito em profundidades.
Eu tenho medo de altura, mas não êxito meus abismos.
São eles que me dão a dimensão do que sou”
(Maria de Queiroz)

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Ame e dê Vexame ...


Quero te dizer que te amo. Sem idéias, palavras, pensamentos. Quero fazer que te amo só de amor. Com sentimentos, sentidos, emoções. Quero curtir que te amo só de amor. Olho no olho, cara a cara, corpo a corpo. Quero querer que te amo só de amor .
São sombras as palavras no papel. Claro-escuros projetados pelo amor, dos delírios e dos mistérios do prazer. Apenas sombras as palavras no papel.
Ser-não-ser refratados pelo amor no sexo e nos sonhos dos amantes. Fátuas sombras as palavras no papel.
Meu amor te escrevo feito um poema de carne, sangue, nervos e sêmen. São versos que pulsam, gemem e fecundam. Meu poema se encanta feito o amor dos bichos livres asa urgências dos cios e que jogam, brincam, cantam e dançam fazendo o amor como eu faço o poema.
Quero da vida às claras superfícies onde terminam e começam meus amores. Eu te sinto na pele, não no coração. Quero do amor às tenras superfícies onde a vida é lírica porque telúrica, onde sou épico porque ébrio e lúbrico. Quero genitais todas as nossas superfícies.
Não há limite para o prazer, meu grande amor, mas virá sempre antes, não depois da excitação.
Meu grande amor, o infinito é um recomeço. Não há limites para se viver um grande amor. Mas só te amo porque me dás o gozo e não gozo mais porque eu te amo. Não há limites para o fim de um grande amor.
Nossa nudez, juntos, não se completa nunca, mesmo quando se tornam quentes e congestionadas, úmidas e latejantes todas as mucosas. A nudez um com o corpo do outro. Por isso a nudez, no amor., não se satisfaz nunca.
Porque eu te amo, tu não precisas de mim.
Porque tu me amas, eu não preciso de ti. No amor, jamais nos deixamos completar. Somos, um para o outro , deliciosamente desnecessários.
O amor é tanto, não quanto. Amar é enquanto, portanto. Ponto.
(Roberto Freire - do livro "Ame e dê Vexame)

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Amor de Índio



Tudo que move é sagrado
E remove as montanhas
com todo cuidado, meu amor
Enquanto a chama arder
Todo dia te ver passar
Tudo viver a teu lado
Com o arco da promessa
No azul pintado pra durar
Abelha fazendo mel
Vale o tempo que não voou
A estrela caiu do céu
O pedido que se pensou
O destino que se cumpriu
De sentir teu calor
E ser todo
Todo dia é de viver
Para ser o que for
E ser tudo

Sim, todo amor é sagrado
E o fruto do trabalho
É mais que sagrado, meu amor
A massa que faz o pão
Vale a luz do teu suor
Lembra que o sono é sagrado
E alimenta de horizontes
O tempo acordado de viver
No inverno te proteger
No verão sair pra pescar
No outono te conhecer
Primavera poder gostar
No estio me derreter
Pra na chuva dançar
E andar junto
O destino que se cumpriu
De sentir teu calor
E ser tudo ...
(Beto Guedes/Ronaldo Bastos)

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Você viu só que amor ...


Você viu só que amor nunca vi coisa assim
E passou nem parou mas olhou só pra mim
Se voltar vou atrás vou perdir vou falar
Vou contar que o amor foi feitinho pra dar
Olha é como o verão quente o coração
Salta de repente só pra ver a menina que vem
Ela vem sempre tem esse mar no olhar
E vai ver tem que ser nunca tem que amar
Hoje sim diz que sim já cansei de esperar
Nem parei nem dormi só pensando em me dar
Peço mas você não vem
Deixo então falo só digo ao céu mas você vem...
(Samba de Verão - Marcos Valle/Paulo Sérgio Valle)

domingo, 6 de julho de 2008

Cheiro de Amor


De repente fico rindo à toa
sem saber por que
E vem a vontade
de sonhar de novo te ao encontrar
Foi tudo tão de repente,
eu não consigo esquecer
E confesso tive medo,
quase disse não
Mas o seu jeito de me olhar,
a fala mansa meio rouca
Foi me deixando quase louca
já não podia mais pensar
Eu me dei toda para você
E meio louca de prazer
lembro teu corpo no espelho
E vem o cheiro de amor,
eu te sinto tão presente...
Volte logo meu amor...
(Duda/Jota/Paulo Sérgio Valle/Ribeiro)

Quem me chamou ...



Quem me chamou
Quem vai querer voltar pro ninho
Redescobrir, seu lugar
Pra retornar
E enfrentar o dia-a-dia
Reaprender, a sonhar
Você verá que é mesmo assim
Que a história não tem fim
Continua sempre que você
Responde sim
A sua imaginação
A arte de sorrir
Cada vez que que o mundo diz não
Você verá
Que a emoção começa agora
Agora é brincar de viver
Não esquecer
Ninguém é o centro do universo
Assim é maior o prazer
Você verá que é mesmo assim
Que a história não tem fim
Continua sempre que você
Responde sim
A sua imaginação
A arte de sorrir
Cada vez que o mundo diz não
E eu desejo amar
A todos que eu cruzar
Pelo meu caminho
Como eu sou feliz
Eu quero ver feliz
Quem andar comigo
Vem
Agora é brincar de viver...
(Guilherme Arantes)

Coleção


Sei que você gosta de brincar
De amores
Mas óh: comigo, não! (comigo, não!)
Sei também que você...
Eu não sei...mais nada
Um dia
Você vai
Ouvir
De alguém
O que ouvi de ti
Então irá
Pensar
Como eu
Sonhei em vão
Não vá...ou vá
Você é quem quer...
Quer saber?
Eu amo
Você!
(Cassiano)

sábado, 5 de julho de 2008

Todo Sentimento


"Preciso não dormir
Até se consumar
O tempo
Da gente
Preciso conduzir
Um tempo de te amar
Te amando devagar
E urgentemente
Pretendo descobrir
No último momento
Um tempo que refaz o que desfez
Que recolhe todo o sentimento
E bota no corpo uma outra vez
Prometo te querer
Até o amor cair
Doente
Doente
Prefiro então partir
A tempo de poder
A gente se desvencilhar da gente
Depois de te perder
Te encontro, com certeza
Talvez num tempo da delicadeza
Onde não diremos nada
Nada aconteceu
Apenas seguirei, como encantado
Ao lado teu..."
(Cristovão Bastos/Chico Buarque) http://www.chicobuarque.com.br/

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Como num romance ...


Como num romance
O homem dos meus sonhos
Me apareceu no dancing
Era mais um
Só que num relance
Os seus olhos me chuparam
Feito um zoom
Ele me comia
Com aqueles olhos
De comer fotografia
Eu disse cheese
E de pose em pose
Fui perdendo a pose
Até sorrir feliz
E voltou
Me ofereceu um drinque
Me chamou de anjo azul
Minha visão foi desde então
Ficando flou
Como no cinema
Me levava as vezes
Uma rosa e um poema
Foco de luz
Eu feito uma gema
Me desmilinguindo toda
Ao som do blues
Abusou do scotch
Disse que meu corpo
Era só dele aquela noite
Eu disse please
Xale no decote
Disparei com as faces
Rubras e febris
E voltou
No derradeiro show
Com dez poemas e um buque
Eu disse adeus
Já vou com os meus
Numa turne
Como amar esposa
Disse ele que agora
Só me amava como esposa
Não como star
Me amassou as rosas
Me queimou as fotos
Me beijou no altar
Nunca mais romance
Nunca mais cinema
Nunca mais drinque no dancing
Nunca mais cheese
Nunca uma espelunca
Uma rosa nunca
Nunca mais feliz...
(A História de Lily Braun - Chico Buarque/Edu Lobo) http://www.chicobuarque.com.br/