sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Nua ...

Abraça-me...
me aperte junto ao seu corpo
dê seu peito desnudo para que eu debruce
o meu choro manso que você transformou
em uma caudalosa e densa volúpia
deixe que eu me aqueça em seus braços
que provaram ser fortes e meigos
quando sem vergonha ou pudor
me atirei para os seus beijos.

A magia evolui em cadências sensuais
nas mãos sequiosas de carinhos
que distribuimos um ao outro...
mesclando breves e doces sussurros
perdendo-se na brisa fresca
que lívida de inveja ia recolhendo todo êxtase
que nós produzíamos meio a palavras
desconexas
moldando um frenesi desvairado.

Abraça-me...
não diga que vai embora, ainda quero mais
nem que esteja prometendo voltar
quero viver essa ardente quimera
me sacie com tudo que puder
não deixe secar nem a sua nem a minha boca
me toque, me molhe por quanto tempo puder
pois todas as horas do mundo
no seu aconchego quero assim ... ficar!
(Maria Antônia Canavezi Scarpa)

Um comentário:

Francisco Castro disse...

Lindo poema! Maravilhoso!